O avançado colombiano Falcao tem argumentos para substituir e superar o argentino, o eixo ofensivo será dele.
Nome de ave, alcunha de felino. Falcao tanto pode ser um vistoso atacante como um generoso assistente, mas o fio dos dias traz progressivamente uma ficha mais completa: mete-se no coração da área com a destreza dos voadores, joga nas costas do avançado com a suavidade dos bailarinos.
Plasticamente, uma movimentação de rara beleza. Mas, no essencial, sobrepõe a tudo a mais contagiante forma de estar, num contexto que ainda lhe é desfavorável: acabou de chegar.
Não engana. Tem potência no remate, inteligência na movimentação, capacidade de choque, poder de elevação. E supera-se numa instintualidade muito animal, em campo. A sua enorme entrega leva-nos a Lisandro, o mais capacitado e admirável fornecedor de golos no ciclo do tetra.
De Lisandro, nada mais há a dizer. Foi numa despedida custosa e sentida, foi um negócio fenomenal: o FC Porto pode ganhar até 24 milhões com um homem que, dentro de um ano, partiria a custo zero. A expectativa concentrou-se no seu substituto: pode Falcao ser o novo Lisandro?